O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), Marcelo Gouveia, criticou a alteração no projeto de empréstimo de R$ 1,5 bilhão solicitado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa (ALEPE). A mudança, aprovada pela Comissão de Finanças da Casa, prevê que metade dos recursos seja repassada diretamente aos Municípios por meio de convênios.

Segundo Gouveia, o modelo não tem respaldo legal e não é autorizado pelas instituições financeiras consultadas, como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil. Ele alerta que a proposta pode comprometer obras estruturantes, como o Arco Metropolitano do Recife, que depende do financiamento.

O presidente da AMUPE defende os empréstimos como fonte legítima de investimentos e sugere que os repasses aos Municípios também sejam feitos com recursos do Tesouro Estadual. Ele ainda critica a distribuição igualitária dos R$ 750 milhões entre os 184 municípios, propondo critérios como população e IDH.

“A forma como está sendo feita, na minha opinião, é equivocada. Acho que era importante que fossem levados em consideração alguns pontos, como população, IDH, entre outros aspectos que são levados em conta nas divisões que já existem”, argumentou Marcelo Gouveia.

SIVALDO CONTESTA POSIÇÃO – Em nota distribuída a Imprensa, o Prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB)  contestou as posições de Marcelo Gouveia e atacou a governadora Raquel Lyra, acusando-a de fazer uma “gestão parcial”,  

“Discordamos do nosso presidente Gouveia, a mudança visa justamente garantir que os Municípios, independentemente de política e partidarismo de seus Gestores, recebam os benefícios e ações do Governo do Estado. Somos testemunhas e sofremos também os efeitos da gestão parcial da governadora Raquel Lyra, e precisamos garantir que os Municípios sejam tratados de forma equânime, com institucionalismo, e não somente aos que aderirem ao seu projeto político, na maioria das vezes até se filiando ao seu Partido”, criticou Sivaldo Albino. (@blogcarloseugenio)