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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | domingo, 08 de junho de 2025

 

O impasse entre o Governo de Pernambuco e a Assembleia Legislativa (ALEPE) voltou a dominar os debates no plenário na última semana, em razão do Projeto de Lei que autoriza o Executivo Estadual a contrair um novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão. A falta de quórum tem travado a pauta de votações, o que impede a análise de propostas relevantes, como o reajuste do piso salarial dos Professores; a criação de cargos no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a nomeação do novo diretor-presidente da Adagro.

 

Parlamentares de oposição criticaram duramente a condução do processo por parte do governo da governadora Raquel Lyra (PSDB), acusando a Gestão de evitar o debate e de esvaziar propositalmente o Plenário para impedir as votações. Já os governistas defendem que o travamento das votações é gerado pelo PSB e acusam a oposição de antecipar o debate eleitoral de 2026.  

 

 

Um dos principais críticos ao Governo Raquel Lyra é o deputado Estadual Cayo Albino (PSB). Em pronunciamento na tribuna, o Parlamentar questionou a transparência do Governo em relação à gestão de um contrato anterior com a Caixa Econômica Federal, firmado em 2023, no valor de R$ 1,7 bilhão. Segundo Albino, apenas R$ 600 milhões teriam sido efetivamente captados até 2024, e há risco de perda do restante dos recursos por vencimento do prazo de carência, que expira em 5 de julho.

 

“Queremos saber onde o dinheiro foi empregado e por que o Governo insiste em novos empréstimos sem prestar contas. Não há diálogo com o Legislativo, e isso compromete a execução de políticas públicas”, afirmou Cayo Albino, que cobrou transparência ao apontar a suposta retirada de anexos que detalhavam o destino dos recursos solicitados no novo pedido de crédito, levantando dúvidas sobre a capacidade de execução da atual Gestão.

 

 

Já para o deputado Estadual Renato Antunes (PL), a responsabilidade pelo quórum insuficiente para votar o reajuste dos professores estaduais e outros projetos em pauta é do PSB e da bancada de oposição. “É só observar no painel. Falam que foi manobra, mas eu espero que não seja, porque é uma prática ultrapassada e não condiz com a responsabilidade desta Casa”, alegou.

 

“Eleição é só no próximo ano. Antecipar a eleição está prejudicando este Parlamento e o povo, e a Casa precisa tomar providências. Nós precisamos assumir, o problema não é só da governadora, o problema é nosso também, temos que ter a capacidade de sentar na mesa com o Governo do Estado para discutir”, cravou o deputado Doriel Barros, do PT  (imagem acima).

 

Além do projeto de R$ 1,5 bilhão, um novo pedido de empréstimo no valor de R$ 1,7 bilhão foi encaminhado pelo Governo à ALEPE na última semana. (@blogcarloseugenio)