Unindo pesquisa, inovação e sustentabilidade, a produção de cafés especiais em Garanhuns vem ganhando força graças a um trabalho conjunto entre produtores locais, pesquisadores e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). A iniciativa busca resgatar a tradição cafeeira do Município, que já foi referência na cultura do Café nos séculos XIX e XX, e promover o desenvolvimento econômico sustentável na Região.
Um exemplo desse movimento é o casal Wallace Rodrigues e Rachel Neves, que, após uma viagem a Minas Gerais, decidiu investir no cultivo de Café Arábica Especial. Eles destinaram dois hectares de uma propriedade familiar para o plantio e produziram 700 mudas, seguindo um cronograma rigoroso. A semeadura está prevista para ocorrer nesse mês de outubro.
Mesmo com uma produção modesta em relação a estados como Minas Gerais e São Paulo, Pernambuco tem potencial para expandir a cafeicultura. Segundo o Sebrae, Taquaritinga do Norte concentra mais de um terço da produção estadual, especialmente no segmento de cafés especiais. Em Garanhuns, fatores como clima e altitude favorecem a produção, abrindo espaço para a retomada da atividade.
Na UFAPE, pesquisas coordenadas pelo professor Jeandirson Silva Viana estão focadas em identificar variedades de Café mais adaptadas ao Agreste. Os estudos priorizam a resistência das plantas, a produtividade e o manejo sustentável, incluindo o cultivo sob sombreamento. “Estamos avaliando cultivares que reúnam resistência, alta produtividade e adaptação a manejos orgânicos, garantindo um café de qualidade e sustentável”, destacou o Professor.
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O reitor da UFAPE, Dr. Airon Melo, complementou em recente participação no programa Conversando com Carlos Eugênio, que além do cultivo, os estudos também envolvem o processamento do café, ampliando as possibilidades de valor agregado.
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Em entrevista à TV Asa Branca no último mês de março, Wallace e Raquel disseram acreditar que, com incentivo público e investimento em turismo de experiência, o Café Especial de Garanhuns poderá atrair visitantes e gerar novas oportunidades para a Cidade. “O Café de Garanhuns é único. Com apoio e divulgação, podemos transformar nossa produção em um atrativo para consumidores e turistas”, afirmou Rachel Neves.(@blogcarloseugenio, com informações da UFAPE, do Movimento Econômico e da TV Asa Branca)
