A comunidade indígena Fulni-ô, em Águas Belas, será beneficiada, nesta terça-feira, dia 30, com uma ação de saúde voltada ao acompanhamento de pacientes diagnosticados com Doença de Chagas. A iniciativa é promovida pela Afya – Faculdade de Ciências Médicas de Garanhuns, em parceria com a V Gerência Regional de Saúde (GERES) e o Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco (DSEI-PE).
A atividade tem como objetivo oferecer atendimento especializado a 26 pacientes da comunidade, diagnosticados em 2022, que receberão consultas nas áreas de Cardiologia e Infectologia. Também serão realizados exames de eletrocardiograma (ECG) e coletas de sangue para sorologia, cujo material será encaminhado para análise no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (LACEN-PE).
Segundo o coordenador do curso de Medicina da Afya Garanhuns, professor Almir Penaforte Jr., a ação busca reduzir as barreiras de acesso aos serviços de saúde enfrentadas pelos povos tradicionais.
“Trata-se de uma população historicamente vulnerável, que vive distante dos centros médicos de referência. Em vez de deslocar os pacientes, estamos levando a assistência médica até eles, garantindo cuidado especializado e respeito cultural. Esse atendimento é essencial para melhorar o prognóstico dos portadores da Doença de Chagas”, afirmou.
Além de atender a comunidade, a ação tem um papel formativo para os estudantes de Medicina, permitindo que eles vivenciem na prática a realidade da saúde pública e das populações tradicionais.
“Essa experiência une ensino, pesquisa e extensão em um cenário real de saúde. Ela permite que o aluno integre teoria e prática, desenvolvendo compromisso social e senso de pertencimento ao SUS”, acrescentou Penaforte Jr.
A Afya Garanhuns mantém uma Clínica Acadêmica que oferece consultas gratuitas em diversas especialidades pelo SUS, possibilitando que os pacientes atendidos possam ter acompanhamento contínuo após a ação. (@blogcarloseugenio, com imagens da Afya e de Divulgação/Indigenas)