A decisão da Prefeitura de Garanhuns de interditar a Rua da Prosperidade, conhecida como “Rua Rosa”, durante o 33º Festival de Inverno, vem gerando forte reação da comunidade LGBTQIA+ e de Organizações Sociais ligadas à causa. O local é historicamente reconhecido como um espaço de encontro, expressão cultural e resistência da população LGBT durante o Evento.
Por meio de uma Nota Pública de Repúdio e Resistência, integrantes da comunidade denunciaram o fechamento da Rua como uma tentativa de silenciar e apagar a presença e identidade LGBT no Festival. O documento afirma que a Rua Rosa “não é apenas um ponto de encontro”, mas um território simbólico onde arte, música e liberdade coexistem, sendo considerado um espaço seguro e acolhedor para a diversidade.
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Segundo os Manifestantes, a decisão foi tomada sem diálogo com os frequentadores e moradores do local. Eles acusam a Prefeitura de desconsiderar a relevância cultural e histórica da Rua da Prosperidade, que ao longo dos anos se consolidou como símbolo de resistência LGBT no Festival de Inverno.
A ativista Ana Karolina Tenorio encaminhou denúncia formal ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Garanhuns, destacando que moradores, comerciantes e frequentadores da rua vêm sendo prejudicados com a interdição. “Já enviamos ofícios e vídeos, mas não fomos ouvidos. Pedimos a intercessão do Ministério Público para que essa causa seja atendida”, afirmou.
A Associação Militância Cores da Resistência também se manifestou oficialmente por meio de ofício enviado ao Prefeito Sivaldo Albino (PSB). No documento, protocolado no dia 8 de julho, a entidade solicita que a Rua permaneça aberta ao público e que banheiros químicos ou quaisquer estruturas que comprometam o acesso à via não sejam instaladas no local. A Entidade alerta para riscos à segurança, prejuízos ao comércio local e apagamento simbólico da presença LGBT no FIG.
A Associação ainda propõe que barreiras de proteção sejam posicionadas apenas após a residência de número 52, garantindo fluxo e segurança tanto para os frequentadores quanto para moradores e comerciantes.
A Comunidade afirma que a luta pela Rua Rosa é mais do que um apelo por espaço físico, mas uma defesa do direito de existir, celebrar e se manifestar com liberdade. “A cultura LGBT não será silenciada, e nossa resistência continua mais forte do que nunca”, conclui a Nota de Repúdio.
PREFEITURA SILENCIA – O Blog do Carlos Eugênio manteve contato com a Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura e Turismo, mas até o momento desta publicação, o Poder Público Municipal não se posicionou sobre o assunto. Seguimos à disposição da Gestão Municipal. (@blogcarloseugenio)