Diante da repercussão do caso, a Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura, se posicionou sobre o fechamento da Rua da Prosperidade, reconhecida pela comunidade LGBTQIA+ e de Organizações Sociais ligadas à causa como a “Rua Rosa”. Confira.
“A Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Cultura, vem a público informar sobre o verdadeiro motivo para o fechamento da Rua da Prosperidade, localizada nas proximidades da Praça Mestre Dominguinhos, durante o 33º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).
A medida foi adotada exclusivamente por razões de infraestrutura e logística, atendendo a uma antiga reinvindicação do público, com o objetivo de garantir mais comodidade, segurança e bem-estar ao público presente.
Desta forma, será possível ampliar o espaço de circulação e possibilitar a instalação de novos módulos de banheiros químicos em pontos estratégicos, diminuindo a distância destes do público na Praça. Vale ressaltar que a Prefeitura autorizou a retirada de barracas de alimentação e bebidas que anteriormente ficavam posicionadas em frente à referida via, liberando assim mais área para a movimentação do público nas noites de shows.
É importante destacar que o FIG é, historicamente, um evento plural, diverso e acolhedor. A Prefeitura de Garanhuns e a Secretaria de Cultura reiteram que não há, nesta medida, qualquer tipo de ato discriminatório ou direcionamento excludente ao público LGBTQIAPN+, ou a qualquer outro grupo. Pelo contrário: o respeito, a inclusão e a valorização da diversidade seguem sendo princípios fundamentais nas ações e políticas públicas municipais, refletindo o compromisso com um festival que pertence a todos”.
A interdição da Rua da Prosperidade, a “Rua Rosa”, durante o 33º Festival de Inverno de Garanhuns gerou protestos da comunidade LGBTQIA+. O espaço é tradicional ponto de encontro e resistência durante o evento. Em nota pública, ativistas acusam a Prefeitura de tentar silenciar a presença LGBT no Festival.
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A decisão, segundo eles, foi tomada sem diálogo e representa riscos à segurança, prejuízos ao comércio local e apagamento simbólico da diversidade. A militante Ana Karolina Tenorio denunciou o caso ao Ministério Público. Já a Associação Cores da Resistência protocolou ofício pedindo a reabertura da Rua e que não sejam instaladas estruturas que impeçam o acesso (Saiba mais sobre esse assunto clicando AQUI).