A
programação do 27º Festival de Inverno de Garanhuns, sobretudo do Palco Mestre
Dominguinhos, divulgada ontem, dia 7, pelo Governo do Estado de Pernambuco, não
agradou a grande maioria da população de Garanhuns.
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Apesar da grade do principal palco do Evento trazer nomes como Marina
Lima, Fafá de Belém, Geraldo Azevedo, Baby do Brasil, MPB4, Lucy Alves, Chico
César, Mart’nália e Fernanda Abreu, entre outros, e da presença de Toni Garrido
e Marina Lima (imagem ao lado) na lista dos artistas de outros palcos, diversos comentários
negativos a programação vem sendo registrados nas redes sociais. “Que pena que
estão acabando com o FIG, essa é a pior programação que já houve”, registrou a
professora Suziane Lourenço. Já o caruaruense, Jáderson Rodrigues, disparou:
“pior programação de todos os tempos! Horrível, salvo 3 ou 4 atrações, o
restante é defunto da mídia”, pontuou. “Não se questiona a qualidade dos
artistas e sim o atual momento vivido pelas atrações. Nomes como MPB4, Baby do
Brasil e Marina Lima são grandiosos, mas estão fora da mídia há muito tempo e
muitos jovens sequer os conhecem”, publicou, com sensatez, o estudante
universitário Pedro Júnior.
Mesmo confidenciando gostar de algumas das atrações anunciadas, a
radialista Aninha Marques, que sempre posta opiniões sensatas nas redes
sociais, também registrou que a programação deste ano estaria “fraca”. “Ninguém
é obrigado a ter que gostar apulso não. E a programação tá fraca sim. Eu adoro
Tom Zé, Renata Arruda, Chico César, MPB4, Alice Caymmi, Fernanda Abreu e
outros. Mas o FIG é Festival de 30 mil pessoas e tem que ter também aquelas atrações
que façam a Praça inteira cantar em couro, artistas que quando entram no palco
arrancam suspiros em massa. Esse tipo de artista de multidão não tem (com
raríssimas exceções). Deixou a desejar sim. Não é porque seu artista preferido
está que você vai ter argumentos para dizer que essa é uma programação de um
Festival de 30 mil pessoas”, pontuou a Radialista em seu perfil no facebook.
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Já o servidor federal Wagner Marques mostrou-se satisfeito com a grade
artística anunciada para o 27º FIG e cutucou os críticos ao evento deste ano.
“A voz da ignorância fica julgando mal a programação do FIG pelas atrações que
não conhece”, sapecou Wagner, que durante alguns anos militou na Imprensa
local. “É simples: o pessoal que não gostou da programação do 27° FIG, é só não
ir para o evento. Porque eu mesmo, por não gostar da música de Wesley Safadão e
Aviões do Forró, me resolvo não indo aos shows deles. Não preciso choramingar
pelo que não é do meu gosto”, chamou a atenção. A posição de Marques é
compartilhada pelo experiente jornalista Roberto Almeida, que assina um dos
Blogs mais acessados do Agreste Meridional. “Muitos queriam ver cantores de vaquejada
(com todo respeito aos bois) no FIG. Como o perfil está bem MPB, com veteranos
e alguns novatos da boa música, ficam detonando a programação. Chegam ao ponto
de comparar o Festival com festas de São João em Arcoverde, Bom Conselho e
Caruaru. Isso é que dá as rádios e as emissoras de TV o ano todo só dar espaço
a porqueiras”, disparou Almeida.
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PREFEITO REGISTRA QUE SOLUÇÃO
SERIA MUNICIPALIZAR A GESTÃO DO FIG – Apesar de não externar sua opinião quanto a qualidade da grade de
programação apresentada para o evento deste ano, o Prefeito de Garanhuns,
Izaías Régis (PTB) deixou claro, em entrevista veiculada na manhã de hoje, dia
8, no programa Ronda Policial, da Rádio Jornal Garanhuns, que não concorda com
a atual formatação do principal evento realizado em Garanhuns.
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Segundo Régis, “o Festival de Inverno é um grande circo, que arma-se,
desarma-se, e não deixa legado, desde que começou, sempre foi dessa maneira”,
pontuou. Para o Prefeito, a solução seria seguir os moldes da formatação do São
João de Caruaru, em que o Governo do Estado repassa os recursos e o Município
formata e realiza o Evento com o apoio Estadual. “Chegou o momento da sociedade
de Garanhuns, dos empresários e do Poder Público lutar para que o Festival de
Inverno seja montado por nós”, pontuou o Prefeito, registrando que o evento não
pode seguir sendo discutido e decidido na Secretaria Casa Civil, sem que
Garanhuns seja sequer ouvido. “O problema todinho é que a gente (Garanhuns) não
determina mais nada no Festival de Inverno”, chamou a atenção Régis, que
garantiu tomar a frente de um movimento para que essa realidade possa mudar.
Ouça a entrevista completa de Izaías
Régis sobre o assunto. É só clicar em Player: