O senador Armando Monteiro Neto
(PTB) criticou o que chamou de “um déficit de articulação política”
do governador Paulo Câmara (PSB), a quem atribuiu a responsabilidade pela
exclusão de Pernambuco do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo
federal, e a redução de 22% das dotações para investimentos no Estado no
projeto da Lei Orçamentária de 2017.
Ontem, dia 19, durante sessão
plenária do Senado Federal, o petebista teceu desaprovações ao governo de
Pernambuco e indagou o motivo pelo qual “empreendimentos essenciais”
para o Estado, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232 entre São
Caetano e Sertânia, não estão sendo priorizados na PPI. “Como explicar a
ausência de Pernambuco no programa de concessões do governo federal e uma queda
tão significativa na dotação dos recursos orçamentários, para R$ 252 milhões,
quando o governo do Estado e sua base parlamentar federal apoiaram e atuaram
ativamente no impeachment? É estranha a exclusão de projetos estratégicos para
Pernambuco no PPI quando estes projetos já integravam o programa de concessões
do governo anterior”, disse.
O Petebista ainda referenciou os
ministros pernambucanos Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação),
Fernando Filho (Minas e Energia) e Raul Jungmann (Defesa), afirmando ter
certeza que eles ajudariam o Estado, caso fossem notificados, e condenou a
“terceirização” aos quatro ministros, “que têm atuação destacada
em favor de Pernambuco”, a responsabilidade pela ausência do PPI. “O
governador não teve a capacidade mínima de articulação com os quatro ministros
de Pernambuco.”
Em resposta às críticas de
Armando, o deputado federal Danilo Cabral disse que o senador perdeu a
oportunidade de ficar calado. “Armando não tem autoridade política para
falar do governo. Foi um ministro omisso quanto aos interesses do Estado e
atuou como integrante da tropa de choque do pior governo da história do Brasil.
Um governo que parou o País e levou ao desemprego milhões de
pernambucanos”, disse.
O Deputado aliado de Câmara ainda afirmou que Armando sumiu do
Estado desde a “acachapante derrota imposta por Paulo Câmara” nas
eleições de 2014. “O que trouxe para Pernambuco como ministro do
Desenvolvimento? Auto-exilou-se em Brasília. Como prêmio de consolação, ganhou
do PT o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No seu
melhor estilo de político retrógrado, da velha política, só aparece em tempo de
eleição.” Armando tem ensaiado uma volta à disputa das eleições para
governador em 2018, apesar de evitar se colocar como líder da oposição em Pernambuco
e afirmar que a discussão é “precoce”. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)
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