Em assembleia realizada na
tarde dessa quarta-feira, dia 30, por meio de videoconferência, o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) e mais de 1.500 professores e
trabalhadores da Rede Estadual de Ensino decidiram decretar greve. Na
próxima sexta-feira, dia 2, a categoria vai se reunir novamente com o Governo do
Estado e realizar nova assembleia no dia 5 de outubro para decidir se a
paralisação vai continuar. 

Em votação realizada durante a
assembleia, 73% dos participantes votaram pela decretação da greve nesta quarta;
22% para a próxima segunda e 6% se abstiveram. Após ser decretada, a greve
precisa de 72h úteis para ser deflagrada. Neste caso, os professores devem deflagrar
a greve na próxima segunda-feira, dia 5.  Os professores interromperão
todas as atividades, inclusive o ensino remoto. “Em greve, para tudo,
inclusive as aulas remotas. Não ir para as Escolas nós já estamos fazendo,
então entrando em greve, paramos tudo”, disse Fernando de Melo, presidente
do SINTEPE.

Em decisão anunciada recentemente
pela Secretaria Estadual de Educação, os concluintes do ensino médio, ou seja,
alunos do 3º ano, poderão ir pra escola a partir dessa terça-feira, dia 6 de
outubro, conforme o decreto vigente do governo do Estado. Na semana seguinte,
em 13 de outubro, retornarão os estudantes do 2º ano. Em seguida, em 20 de
outubro, retomam os adolescentes do 1º ano do ensino médio. Entretanto, as
datas agora estão comprometidas, já que a greve dos professores da rede
estadual pode ter início justamente na noite anterior do dia em que as aulas
presenciais deveriam recomeçar.  

Após o anúncio de que a greve
dos professores havia sido decretada, a Secretaria de Educação e Esportes
informou, por meio de nota, que recebeu com surpresa a decisão e que aguarda a
formalização da decisão por parte do SINTEPE e a apresentação de uma proposta
que permita a continuidade da negociação.  

“Após amplo debate com a categoria, decidimos por
decretar estado de greve, como também uma ação jurídica contrária ao retorno
das aulas presenciais. Essa foi a decisão amparada em 95% dos presentes na
assembleia, que se colocam de acordo com a manutenção das aulas remotas e
contrário ao retorno das aulas presenciais”, comentou o presidente do
Sinpro-PE, Helmilton Bezerra. (Com informações do NE 10 Interior e JC
Online. CONFIRA)