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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sexta-feira, 24 de julho de 2015

Essa é destaque no portal G1, da
Globo.com:
“Durante o Festival de Inverno de Garanhuns, a temperatura pode influenciar
bastante na hora do morador ou turista decidir o que vai vestir ou pedir no
cardápio. Também não faltam opções de souvenirs nos polos do evento e em lojas
da Cidade. Uma delas tem como foco o chocolate. São bombons, barras, cestas e
peças personalizadas produzidas em uma fábrica artesanal. O estabelecimento
utiliza de 800 a 1000 kg de chocolate durante o inverno e a produção aumenta em
30% durante o período.


O idealizador é o empresário Flávio Murilo Bezerra Gomes, de 54 anos.
Nascido em Garanhuns, ele trabalhava em uma vidraçaria com o pai no fim da
década de 80. Ao casar, a mulher dele, Tânia Helena, que é de Bom Conselho, a
48 km, veio morar no município de origem do companheiro. “Ela precisava de
uma ocupação, pois veio para cá e ficou ociosa. Eu sempre fazia nas minhas
orações, pedia um negócio para ela. Aí sempre aparecia doces. A gente pesquisou
doce de lata, de copinho. Foi quando uma sobrinha minha veio de Gramado (RS) e
trouxe uma caixinha de chocolate para a gente. Quando ela entrou na minha casa,
eu disse: ‘Tânia, o doce é esse'”.

Flávio relata que a certeza do negócio era tanta que começou pelas
embalagens. “Peguei a caixinha que ela trouxe e encomendei 5 mil
caixinhas. A fábrica só fazia 10 mil, mas eu negociei”. Embalagens
prontas, hora de aprender a fazer o chocolate. “Perdia, derretia e mofava.
Não tínhamos muita prática na área. Aí, Tânia fez uns cursos no Recife, nós
fomos a uma feira de chocolate em São Paulo”, lembra.
Para o casal que começava a empreender, tudo era uma questão de
oportunidade. “Tinha uma pessoa que fabricava chocolate e desistiu. Ela
repassou os equipamentos e deu uma ideia de como que fazia. A gente começou a
fazer, entregava nos pontos da cidade, em bares, restaurantes, hotéis. Enquanto
isso, eu também trabalhava na empresa do meu pai”, conta o empresário.
Na primeira edição
do Festival de Inverno de Garanhuns, eles venderam chocolates em uma
barraquinha. “Colocamos chocolate quente, pegamos uma receita de
chocolate, que é a mesma até hoje. E aí a gente foi vendo a necessidade de
abrir uma loja. As pessoas não acreditavam muito”, diz ao G1.


INVESTIMENTO – Antes, os produtos eram feitos em casa. Depois
de quatro a cinco anos do negócio iniciado, eles procuraram um imóvel para a
fabricação. “Tinha uma placa aqui na frente e eu dizia: ‘Essa casa vai ser
nossa, e vai ser nossa fábrica de chocolate’. A venda era por imobiliária e
estava muito cara. Depois tiraram a placa da imobiliária e o preço baixou. Foi
quando eu liguei para dona e disse: ‘Eu quero comprar sua casa, mas não tenho
dinheiro’. Ela deu uma gargalhada”, recorda o empresário.


Assim, Flávio
Murilo usou o dinheiro que tinha faturado na edição do FIG e juntou com a
poupança. “Tânia tinha umas vacas com o meu sogro, vendeu as vacas, e um
irmão dela do Maranhão também mandou um dinheiro pra gente. Garimpamos fundos
de todos os lugares para realizar os sonhos”.
  
CAPACITAÇÕES – Negócio dando certo, hora de investir em conhecimento. 
Os momentos de aprendizagem estimulavam novas ideias para a produção dos
chocolates. “Nós começamos só fazendo o chocolate: tabletinho, bombom,
trunfa. Mas o faturamento não era a altura do nosso custo. Mas aí tivemos uma
feira em São Paulo e vimos que podíamos agregar valores: colocar o doce em uma
cesta, pegar uma cesta e agregar ao valor ao chocolate”, revela Flávio.
Com o tempo, o
casal agrestino percebeu que para aumentar a venda do chocolate também era
preciso buscar outros produtos. “O chocolate quente pedia um
acompanhamento, um salgado. Começamos fazendo um pãozinho e terminou virando
uma lanchonete. Uma coisa foi puxando à outra”, analisa o empresário.
FIG – O Festival de Inverno de Garanhuns foi uma
chance de aumentar a vendas. “Nós tivemos o Festival como um grande
propulsor do negócio porque ele trouxe o turista para a cidade e
consequentemente nós tivemos essa demanda que anteriormente não tinha. Foi
quando a gente começou a ser divulgado, a ser conhecido”, comenta.
Ainda assim,
desafios surgiam pelo caminho do casal, segundo relata Flávio. “Tivemos
dificuldade em dizer às pessoas que um presente de chocolate é uma coisa boa.
As pessoas até então não tinham o costume de dar chocolate de presente. Nós
também tivemos esse trabalho de colocar essa cultura na cabeça do
pessoal”.
A mulher de Flávio,
Tânia Helena, destaca a importância da busca por novidades. “Sempre
estamos em contato com pessoas que trabalham com cursos, com informações, para
trazermos o máximo de novidades possíveis para a nossa cidade. É tanto que tem
coisa que a gente lança aqui e quando chega às feiras o pessoal ainda está
colocando também”. E revela qual o papel no negócio. “O processo de
produção quem acompanha sou eu e eu me realizo no que faço. Principalmente dar
os laços nas minhas embalagens”. (Com
informações de
Paula
Cavalcante, do G1 Caruaru, em Garanhuns) Saiba mais. Clique AQUI