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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sexta-feira, 12 de abril de 2024

 

Após divulgação da programação do Polo Mestre Dominguinhos da 32ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2024), feito pela Prefeitura no último dia 2 de abril, um dos mais tradicionais festejos de Pernambuco passou a ser destaque, nem tanto pelas atrações anunciadas, mas pelo imbróglio em razão das divergências entre as gestões Raquel Lyra (PSDB) e Sivaldo Albino (PSB), prefeito de Garanhuns, sobre a realização do evento.

 

O Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura e Fundarpe, anunciou que estaria fora da realização do FIG 2024 – fato recebido com “surpresa, frustração e incertezas”, pelo menos pelo Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC-PE).

 

Em nota via redes sociais, o Conselho relembrou a aprovação de uma Nota de Recomendação feita à Secult-PE, para criação – com extrema urgência – de uma Comissão Organizadora do FIG. “Já alertando para o curto prazo existente para organização (do festival)”.  Reforçando ser o “FIG um patrimônio cultural do povo pernambucano”, a nota ressalta, ainda, o “dever legal dos governos de manter a existência do Festival”.

Em apelo à governadora Raquel Lyra e ao prefeito de Garanhuns Sivaldo Albino, o Conselho fez um apelo para que as Gestões “cheguem a um acordo para o bem dos fazedores de Cultura”. Confira a Nota na Íntegra após a publicidade. (@blogcarloseugenio)

 

 

NOTA PÚBLICA SOBRE A REALIZAÇÃO DO 32º FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS FIG

 

É com surpresa, frustração e incertezas que o Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC-PE) recebe a notícia do pronunciamento da Governadora Raquel Lyra informando que o governo estadual não realizará a 32ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns-FIG.

 

Em 10/01/24 o CEPC-PE aprovou uma Nota de Recomendação à Secult-PE para a criação, com extrema urgência, de uma Comissão Organizadora do FIG, já alertando para o curto prazo existente para a organização do mesmo.

 

Em 28/02/24 o CEPC-PE participou de uma Reunião com os deputados Waldermar Borges e João Paulo, respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na qual relatou a falta de definição sobre a realização do FIG 2024 e solicitou uma mediação daquela Comissão para solucionar o impasse.

 

O FIG é um Patrimônio Cultural do povo pernambucano, reconhecido pelo Estado de Pernambuco através da Lei 13.878/2009, não pertencendo a governos que se sucedem.

 

Pelo contrário, os governos têm o dever legal de manter a existência do Festival e realizá-lo da melhor forma possível servindo ao desenvolvimento da cultura pernambucana.

 

O uso deste nome sem autorização do governo estadual é uma usurpação de um bem público.

O CEPC faz um apelo à Governadora Raquel Lira e ao Prefeito Sivaldo Albino para que cheguem a um acordo para o bem dos fazedores de cultura, para o bem do Patrimônio Cultural pernambucano e para o bem da cultura do nosso Estado”.

 

Recife, 12/04/2024

Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco – CEPC-PE.”