Diante do aumento no número de
óbitos por COVID-19 aqui em Garanhuns e também pela existência de mensagens de descrédito
ao trabalho dos Profissionais e das Unidades de Saúde locais, principalmente da
Unidade de Tratamento COVID-19, mantida pela Prefeitura de Garanhuns e funcionando
na Cohab 2, muitos cidadãos da Cidade e da Região vêm questionando a qualidade do
serviço prestado no atendimento aos pacientes acometidos pela COVID-19,
sobretudo àqueles que apresentam quadros graves da doença e que precisam ser
internados em leitos de UTI ou até intubados.
Para esclarecer a situação e
tranquilizar a população, o 2º Vice-presidente do Conselho Regional de Medicina
de Pernambuco (CREMEPE), o médico Pedro Geraldo de Souza Passos, esteve em Garanhuns realizando
uma inspeção técnica, à pedido do Ministério Público de Pernambuco, através do
Promotor Domingos Sávio, e concedeu entrevista ao programa ‘O Arraiá do Gláucio
Costa’, da Marano FM, trazendo detalhes dessa vistoria.
“Se tranquilizem porque a UPA
está extremamente adequada. Ela está equipada. Ela tem medicamentos. O pessoal
está fazendo um trabalho muito dedicado (…); a UPA de Garanhuns está pronta
para receber a população. Então não deixem de ir. Ao contrário, no inicio dos
sintomas procure o serviço médico (…); confiem, porque a Cidade (Garanhuns) de
vocês tem locais adequados para tratar da doença e profissionais que apesar de
estarem com esgotamento físico absurdo, como toda população médica está, mas
não se negam a fazer um trabalho digno para com a população”, registrou o Dr. Pedro
Passos.
RESPONSABILIZAÇÃO PARA
PESSOAS QUE DIVULGAM INFORMAÇÕES SEM CONFIRMAÇÃO TÉCNICA – Ainda durante a
entrevista ao radialista Gláucio Costa, o 2º Vice-presidente do Conselho
Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), o Dr. Pedro Passos, registrou que
as pessoas que divulgam informações sem a devida confirmação técnica, levando
o trabalho dos profissionais e das Unidades de Saúde ao descrédito, estão
cometendo crime sanitário e poder vir a ser presas.
“Nós instamos o Ministério Público
porque isso é Crime Sanitário! Isso é muito grave! Estão fazendo uma coisa sem
saber o que estão fazendo, falando o que não conhecem e isso é crime sanitário
contra a população! Essas pessoas tem que saber que vão responder criminalmente,
porque isso não pode. O CREMEPE não tem como fazer do ponto de vista criminal,
mas nós instamos o Ministério Público a acionar essas pessoas no ponto de vista
criminal, que isso é crime sanitário. Isso é muito grave! Essas pessoas podem ser
e devem ser presas! Estão falando bobagem. Não pode! Nós vivemos num País democrático,
não podemos julgar e condenar, sem dar o direito democrático de defesa ao
acusado, não podemos fazer isso. Não é função do CREMEPE, mas nós solicitamos
junto ao Ministério Público que atue perante esse tipo de pessoas”, registrou o
Dr. Pedro Passos.
PROMOTOR FAZ ALERTA – Também
durante o programa ‘O Arraiá do Gláucio Costa’, todavia na edição de ontem, dia
27, o Promotor Domingos Sávio já havia alertado quanto a prática que vem sendo
adotada em Garanhuns por, segundo Ele, pessoas e comunicadores, gerando medo
na população.
“É preciso um respeito muito
grande aos profissionais de saúde que estão nessa linha de frente. É preciso
responsabilidade. É preciso que se reconheça o trabalho realizado pelas Unidades
de Saúde de Garanhuns e não passar a fazer acusações infundadas, gerando medo
na população, levando o cidadão e a cidadã doente a deixar de procurar um
hospital, porque se cria uma fantasia a respeito do não funcionamento”, registrou
o Promotor, que fez um alerta: “é preciso ter responsabilidade, enquanto
comunicadores, para que haja, sobretudo nesse momento, que é de um drama
coletivo e até da humanidade como um todo, o mínimo de bom senso, para que o
cidadão, a cidadã, possa procurar a assistência médica”.
Ainda segundo o Dr. Domingos,
mesmo diante das mortes, é fundamental ter responsabilidade na hora de informar
a população. “Não pode, diante da ocorrência de mortes, que infelizmente
acontecem, passar a fazer acusações infundadas e irresponsáveis, gerando no
seio da população, desconfianças infundadas em relação ao funcionamento do
serviço de saúde, porque está gerando uma situação muito mais grave, de pessoas
que (por conta dessa prática) podem deixar de procurar assistência médica, elevando a tendência da fatalidade”, chamou a atenção o Promotor Domingos Sávio.
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