“Certifico que ao efetuar cópia das mídias dos presentes autos, foi
verificado que a capa da mídia juntada à fl.1974, cuja capa tem o texto
‘Operação Ponto Cego, mensagens WhatsApp Karen Danielowski X Marcellus
Ugiette’, encontra-se vazia, sem a correspondente mídia”, informou despacho do
desembargador aos membros do gabinete.
O Ronda JC entrou
em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) desde a
manhã dessa quarta-feira (09), mas nenhum esclarecimento foi dado sobre o
sumiço do conteúdo que havia sido anexado pela Procuradoria Geral de
Justiça (PGJ) como prova de suposta corrupção. A assessoria do TJPE foi
questionada se o caso está sendo tratado como furto e se algum procedimento foi
aberto para apurar onde está o material, mas, até o final da tarde desta
quinta-feira (10), a assessoria não se pronunciou.
O PROCESSO – O promotor Marcellus Ugiette é acusado
de corrupção passiva, fraude processual e lavagem de dinheiro. A
denúncia afirma que Ugiette favoreceu membros de um grupo criminoso, que já
estavam presos, para que os mesmos fossem transferidos do Centro de Observação
e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, para o Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de
Barros, no Complexo do Curado, onde poderiam continuar praticando os crimes.
Dois advogados da quadrilha, Assiel Fernandes e Karen Danielowski, teriam sido
os intermediadores. A denúncia da PGJ afirma que Ugiette recebeu quantias em
dinheiro depositadas na conta bancária do filho. Uma delas no valor de R$ 6
mil, supostamente pagas pelas esposas dos presos. Ugiette, que era titular da
Promotoria de Execuções Penais, está afastado das funções desde agosto do ano
passado.
PROCESSOS SOB SUSPEITA – O
promotor também responde a processo administrativo, porque foram identificados
indícios de irregularidades em processos que estavam sob a responsabilidade
dele na 54ª e 19ª Promotorias de Justiça Criminal da Capital. Um dos processos
é relacionado a um homicídio duplamente qualificado, que estava na promotoria
desde 31 de maio de 1999. Desde então, a documentação ainda não havia sido
devolvida à Vara competente para que o magistrado desse andamento ao caso. A Corregedoria
também verificou que vários processos estavam com prazos extrapolados. (Com informações do Ronda JC/JC Online.
CONFIRA)