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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Essa é destaque no Ronda JC/JC Online:
Uma mídia com o conteúdo de conversas de WhatsApp entre o promotor de
Justiça Marcellus Ugiette e a advogada Karen Danielowski, ambos investigados
na Operação Ponto Cego, sumiu
do gabinete do desembargador Fábio Eugênio Oliveira Lima, relator do caso.
Considerada uma das principais provas que pode levar o promotor à condenação
por corrupção passiva, a mídia mostrava um diálogo relacionado a um depósito de
R$ 1.195 na conta do filho do promotor. A advogada teria afirmado que
aquele dinheiro não seria um empréstimo, mas um ‘presente’. Para os
investigadores, a quantia seria uma série de propina para que Ugiette
beneficiassem presos que faziam parte de uma quadrilha especializada em
estelionato e furto qualificado, desarticulada em agosto do ano passado.

“Certifico que ao efetuar cópia das mídias dos presentes autos, foi
verificado que a capa da mídia juntada à fl.1974, cuja capa tem o texto
‘Operação Ponto Cego, mensagens WhatsApp Karen Danielowski X Marcellus
Ugiette’, encontra-se vazia, sem a correspondente mídia”, informou despacho do
desembargador aos membros do gabinete.

Ronda JC entrou
em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) desde a
manhã dessa quarta-feira (09), mas nenhum esclarecimento foi dado sobre o
sumiço do conteúdo que havia sido anexado pela Procuradoria Geral de
Justiça (PGJ) como prova de suposta corrupção. A assessoria do TJPE foi
questionada se o caso está sendo tratado como furto e se algum procedimento foi
aberto para apurar onde está o material, mas, até o final da tarde desta
quinta-feira (10), a assessoria não se pronunciou.

O PROCESSO – promotor Marcellus Ugiette é acusado
de corrupção passiva, fraude processual e lavagem de dinheiro
. A
denúncia afirma que Ugiette favoreceu membros de um grupo criminoso, que já
estavam presos, para que os mesmos fossem transferidos do Centro de Observação
e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, para o Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de
Barros, no Complexo do Curado, onde poderiam continuar praticando os crimes.
Dois advogados da quadrilha, Assiel Fernandes e Karen Danielowski, teriam sido
os intermediadores. A denúncia da PGJ afirma que Ugiette recebeu quantias em
dinheiro depositadas na conta bancária do filho. Uma delas no valor de R$ 6
mil, supostamente pagas pelas esposas dos presos. Ugiette, que era titular da
Promotoria de Execuções Penais, está afastado das funções desde agosto do ano
passado.

PROCESSOS SOB SUSPEITA – O
promotor também responde a processo administrativo, porque foram identificados
indícios de irregularidades em processos que estavam sob a responsabilidade
dele na 54ª e 19ª Promotorias de Justiça Criminal da Capital. Um dos processos
é relacionado a um homicídio duplamente qualificado, que estava na promotoria
desde 31 de maio de 1999. Desde então, a documentação ainda não havia sido
devolvida à Vara competente para que o magistrado desse andamento ao caso. A Corregedoria
também verificou que vários processos estavam com prazos extrapolados.
(Com informações do Ronda JC/JC Online.
CONFIRA)