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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | terça-feira, 11 de outubro de 2016

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a realização de
vaquejadas no Estado ainda está gerando polêmica. Receosos que a resolução seja
aplicada também em Pernambuco, um grupo de apoiadores da prática promete
protestos em várias cidades nesta terça-feira, dia 11, inclusive aqui em
Garanhuns.
Aqui em Garanhuns, um grupo se reunirá no Parque de Exposições de
Animais, localizado no bairro Aloísio Pinto, a partir das 14h. De lá, vestidos
de camisas brancas, partirão numa cavalgada por diversas ruas da Cidade. Trata-se
da Caminhada a favor da Vaquejada Legal. “Mostraremos a população, que
na Vaquejada Legal não existem maus tratos aos animais e a indústria de
empregos que é a Vaquejada. São mais de 720 mil empregos diretos e indiretos”,
registra trecho da convocação do ato que vem sendo disseminado pelos grupos no
WhatsApp. Também há protestos agendados
em municípios como Caruaru, Carpina, Cachoeirinha e no Recife.
Nossa ideia com esse protesto é esclarecer para a população o que é a
vaquejada
, pois estamos vendo
que para muitas pessoas o conceito desse esporte está deturpado. É preciso que
todos saibam que, caso a vaquejada venha a ser proibida no futuro, milhares de
pessoas ficarão sem emprego. Esperamos que o governador Paulo Câmara se
posicione sobre o assunto”, explicou Sílvio Valença Filho, presidente da
Associação de Criadores de Quarto de Milha em Pernambuco (ACQM-PE).
Ainda segundo Valença, entre os organizadores de vaquejadas já existe a
preocupação com o bem-estar animal. A posição é diferente da do STF, que
considerou que a prática fere princípios constitucionais por impor sofrimento aos animais. “Os organizadores de vaquejadas de todo
o Estado assinaram um termo de cooperação com o Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) e já cuidam para que os animais que participam destes eventos
não passem por nenhum tipo de sofrimento”, disse.
“Em 2009 levantamos que as vaquejadas em Pernambuco geram cerca de
120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. Se a decisão do STF chegar aqui
todo esse setor vai sentir isso. A economia de Cachoeirinha, por exemplo, gira
em torno da vaquejada. Lá tem muitas fábricas de sela, arreio e tudo será
prejudicado”, comentou o presidente da ACQM-PE.