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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | terça-feira, 03 de junho de 2014

Informações extraoficiais dão
conta que o estupro noticiado por este Blog e ocorrido na noite da última
terça-feira, dia 27, vitimando uma jovem de 18 anos aqui em Garanhuns não foi
um fato isolado.
De acordo com uma fonte, que atua
na área e pediu reserva da sua identidade, ainda na noite daquele Crime, outra
mulher teria sido estuprada na Cidade. Apesar das informações sobre os casos
serem sigilosas, o Blog apurou que neste ano já foram registrados dez casos de
violência sexual em Garanhuns. “Só nos últimos vinte dias foram registrados
seis casos de estupro na Cidade”, revela a fonte. 
No crime ocorrido no último
dia 27, a Vítima de 18 anos foi abordada por três homens que a arrastaram para
o interior de um veículo de modelo Pálio de cor escura e consumaram a
violência. Ainda de acordo com a fonte do Blog, a segunda Vítima da noite, de
identidade e idade não reveladas, também descreveu os violentadores com as
mesmas características. Ainda de acordo com a fonte, os casos de estupro em
Garanhuns já superam o total registrado em 2013, que ficou marcado pelo
assassinato da menor Joana Beatriz, de 13 anos, ocorrido em julho do ano
passado.
DADOS OFICIAIS – A nossa reportagem teve acesso a um relatório que
informa a estatística de crimes contra a mulher no Agreste Meridional em 2014.
O documento produzido pela 18ª Delegacia Seccional de Polícia – Garanhuns
confirma seis casos de estupro, sendo quatro em Garanhuns, um em Saloá e outro em
Paranatama. Nestes casos as vítimas são vulneráveis ou aconteceram por meio de
violência doméstica/familiar. É importante pontuar que os dados informados no
relatório da Polícia Civil registram apenas os casos em que as vítimas prestaram
queixa. “Na maioria das vezes, as mulheres vitimadas pela violência não prestam
queixa, seja por medo ou por vergonha”, pontua a fonte do Blog.
O Blog procurou a Delegacia da
Mulher para confirmar as informações da fonte, porém a delegada Débora Bandeira
estava em missão externa e não conseguimos um novo contato telefônico. 
A nossa
reportagem manteve contato com a Secretária da Mulher de Garanhuns, Eliane
Simões, para que comentasse as informações apuradas, em caráter extraoficial
pelo Blog. Eliane registrou que estes casos são tratados de forma sigilosa e
não pôde dar maiores detalhes visando preservar as Vítimas, todavia revelou que
a sua pasta vem acompanhando as mulheres violentadas nos casos e que a
Prefeitu
ra vai implantar o Centro de
Referencia de Atendimento a Mulher. O Órgão deverá ter o nome da adolescente
Joana Beatriz, que será transformada em um ícone da luta contra a violência da
Mulher na Cidade.
Imagem Ilustrativa/Divulgação
TRABALHO DE ORIENTAÇÃO – Ainda no relatório produzido pela 18ª Delegacia Seccional de Polícia – Garanhuns,
que informa a estatística de crimes contra a mulher no Agreste Meridional neste
ano de 2014, o Blog registrou que 200 casos de violência contra a Mulher foram
registrados no período de 1º de janeiro a 16 de maio, aqui em Garanhuns. São
casos de estupro, ameaça, lesão corporal, injúria, difamação, calúnia, homicídios,
maus tratos e outros crimes por violência.
A advogada Claudomira Andrade,
que ministra palestras sobre a Lei Maria da Penha e recentemente lançou uma
cartilha sobre o tema, comentou o atual momento de violência no Agreste. “A
violência contra a mulher é um dos fenômenos sociais mais absurdos e
inaceitáveis da atualidade. Então visando dar uma resposta aos apelos da
sociedade em relação aos altos índices de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher e almejando uma maior visibilidade e eficácia das Leis que focalizam
os direitos humanos, em 2013, comecei a ministrar palestras que visavam
divulgar e sistematizar através das experiências de vida, novas propostas de
construção da Cultura da Paz. Já a cartilha busca levar homens e mulheres a refletirem
sobre seus papeis na sociedade, mostrando que: respeitar a mulher é valorizar a
família”, pontuou a Advogada Claudomira Andrade.
O Blog esta a disposição dos Órgãos de combate à
violência contra a mulher no Agreste Meridional para que possam comentar ou
contestar as informações registradas nesta reportagem.