O Jornalista Roberto Almeida divulgou em seu Blog a informação que o Padre Aldo Mariano, que está à frente da Diocese de Garanhuns na vacância do Bispo Diocesano, “IRÁ TER UMA CONVERSA COM PÁROCO DA BOA VISTA”, o Padre Nivaldo Alves, sobre o posicionamento do religioso durante a Missa Dominical na Igreja de São Sebastião, que foi abordado com a necessária seriedade em reportagem do Blog do Carlos Eugênio (relembre AQUI).

Quem conversa com alguém não necessariamente repreende por algo, mas sim busca entender o contexto. E deve ser isso mesmo que o Padre Aldo, um religioso expediente e respeitado, que não administra a Diocese de Garanhuns por acaso, já deve ter feito, via telefone ou canais digitais, e fará, pessoalmente, quando voltar de suas missões em São Paulo.

Vale lembrar que Padre Aldo não acumula experiência apenas na Igreja e no trato com o Clero, mas também no meio político, já que disputou e venceu duas eleições de Prefeito em São Bento do Una, e portanto, conhece os trâmites administrativos e as movimentações da política, tendo sabedoria suficiente para entender as colocações do Padre Nivaldo.

Vivemos num País democrático, em que as opiniões precisam ser respeitadas, já que as Leis dos Homens garantem essa Liberdade. Por exemplo, na minha opinião o Padre Nivaldo não errou em nenhuma das suas colocações.

Os serviços e atendimentos no Hospital Dom Moura precisam de melhorias urgentes, mas não apenas hoje, há muitos anos. Garanhuns tem pouco mais de 10% de seu território com esgotamento sanitário; as estradas rurais seguem péssimas e nem mesmo a intervenção do Ministério Público fez com que a manutenção se tornasse regular. Quanto à segurança, que é responsabilidade do Estado, mas também dos Municípios e da União, quem se sente seguro nos dias atuais, não apenas em Garanhuns, mas no País como um todo? Respondo: poucos.

E em relação ao “Pão e o Circo” citado pelo Padre. Quem ousaria atirar a primeira pedra contra os que consideram que é uma política dos Governos? Pois enquanto milhões são gastos em Festas, vivemos um desenvolvimento econômico de ficção, com Jovens, Homens e Mulheres de todas as idades sem emprego e sem perceptivas, ao não ser quanto a próxima festividade.

Festival disso, Viva daquilo e Festa daquilo outro, enquanto no Hospital falta médicos, macas e até ar-condicionado no bloco cirúrgico; nos postos de saúde faltam remédios; a espera por uma consulta e por um exame é muito grande; crianças estudam em salas modulares cujo aluguel custa um valor exorbitante, outras disputam espaço com os operários durante uma reforma, enquanto o aluguel de um prédio abandonado é pago sem problemas por mais de três anos. Os Guardas; Professores e Servidores Efetivos lutam por reajuste salarial, mas vêem Parentes, Fantasmas, Aliados e Pau-mandados recebendo sem trabalhar, entre tantas outras deficiências e irregularidades que registramos diariamente neste espaço.

Na real, o Padre merece é ser parabenizado, como de fato foi por milhares de pessoas, não apenas pelos opositores que fazem “uso político da pregação de Nivaldo”, mas, principalmente, por quem vivencia os problemas reais, que nem mesmo A MAIS ARRETADA FESTA DE TODAS é capaz de resolver. Essa é a minha opinião, mas respeito a sua! (@blogcarloseugenio)